Escrito por: Mauricio 28-12-2011 Visto: 1341 vezes |
Por debaixo da toga.
Sou formada em Direito e lembro-me, perfeitamente, que eu idealizava os juízes, desembargadores e Ministros como “deuses”, seres perfeitos que analisavam as causas e, de forma justa, decidiam o caso. Com o passar dos anos, eu frequentava a Faculdade de Letras (português-Grego) e lá tive contato com a Mitiologia Grega e fiquei fascinada! No entanto, os deuses gregos eram tão normais, tinham sentimentos de raiva, de amor e cometiam tantos erros como acertos, que afinal, entendi que eles eram como os próprios seres humanos.
Cheguei a advogar e pude observar mais de perto os magistrados, que eram reais e humanos.
Em pesquisa no site http://www.dicio.com.br/toga/ verifica-se o conceito do vernáculo toga:
"s.f. Traje civil dos antigos romanos, espécie de manto de lã, depois linho, que usavam trançado sobre o corpo.
Vestimenta ampla usada pelos juízes, advogados ou promotores no tribunal ou por formandos durante a cerimônia de formatura; beca."
Portanto, toga é a vestimenta dos juízes.
E, afinal, o que tem debaixo da toga? Um ser humano com defeitos e qualidades, bacharel em direito, que passou no concurso público de juiz substituto. Ele pode ser estadual ou federal, estar na primeira instância ou em tribunais superiores. A sua função é de extrema importância quando surge uma contenda, eis que, embasado nas provas dos autos, dará razão a uma das partes e, então, haverá justiça.
Pois bem: por que a classe da magistratura deve ter um controle externo, como o CNJ? A resposta é simples: para evitar o corporativismo, a possível sensação de impunidade e criar a falsa imaginação de sentirem-se “deuses”.
Portanto, sou favorável, como cidadã, à ação da Presidente do Conselho Nacional de Justiça, que visa a moralização da justiça e, mormente, a credibilidade da sociedade em seus juízes.
Elisabete Bastos
Imagem do Google. |
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