Quem seria contra a campanha de desarmamento? Por incrível que pareça, muitas pessoas. A indústria de armas, os grandes contrabandistas, pessoas que desejam matar outras pelos mais variados motivos e, o que é mais estranho, cidadãos que pensam como a Associação Nacional do Rifle americana, ou seja, que cada cidadão tem o direito de portar uma arma para defender-se.

O que significa desarmar-se? Em princípio, pelo que vimos acima, significa não portar armas sem ter autorização para tanto, sem que você faça parte das forças de segurança do seu Estado-membro ou do seu país. Não é só disso que se deve falar quando se fala em desarmar-se. Devemos pensar em desarmamento em sentido mais amplo.

Pense num mundo sem armas, sem violência, sem guerras, sem inimizades, sem qualquer ato tendente à destruição do outro. Parece com a música “Imagine”, de John Lennon, certo? Não é bem isto do que se fala aqui.

Desarmar-se é uma ação particular e voluntária de não violência, física, verbal ou de outra natureza. É viver em sociedade, pensando em outros cidadãos como participantes de uma mesma comunidade, em que haja, sempre, um pensamento e ação construtivos, e, não, destrutivos. Não é ficar inerte, e sofrer a violência de outrem, mas atuar, positivamente e com decisão, vendo o outro como tão importante quanto você, com os mesmo direitos e deveres.

Desarmar-se é um ato volitivo, de respeito por si e pelos outros, de tentativa de criação de uma sociedade mais justa e igualitária, em que a violência não tenha mais lugar. Pense não violento, aja não violentamente, construa, assim, um mundo mais seguro. Que tal tentar hoje?

*Mauricio Miranda.
**Imagenm extraída do Google.