Todos os dias, há queixas, nos jornais ou na internet, em relação a redes sociais, e a tendência é que estas reclamaçôes se multipliquem. Só tenho conta em uma rede social e nela não deixo qualquer informação relevante sobre mim.
Uma rede social deveria, apenas, ser uma forma de interação entre pessoas que se conhecem, ou que buscam se conhecer melhor. Conheço pessoas que já encontraram velhos conhecidos em redes sociais, o que, de outra forma, não ocorreria. Então, por que o problema?
As redes sociais são feitas por pessoas, para serem usadas por pessoas, visando, dizem os idealizadores destas redes, a que as pessoas tenham uma interação social que não teriam na vida real, já que ninguém tem milhares de amigos. Mas, então, qual o verdadeiro problema?
O grande problema, atualmente, parece ser o uso da imagem de pessoas, famosas ou não, que é vulgarizado e, muitas vezes, tem sua utilização de forma errada, distorcida por quem não gosta delas. Mas estas pessoas não estão nas redes sociais para “aparecerem” para outras? E como este excesso de exposição pública pode ser contido?
Não vejo meios para conter este excesso de exposição pública, quer por parte dos que controlam as redes sociais, quer por parte das pessoas que participam delas. Todos querem aparecer mais e mais, serem “famosos por um dia”, deixarem sua marca para a posteridade, não serem esquecidos pelos outros. Ninguém mais quer ser anônimo. Num mundo em que o anonimato é, quase, um crime, e em que não se deixar expor em uma rede social transforma você em uma criatura antissocial, eu repito, simplesmente, o dirigente de futebol Mendonça Falcão, “quem está na chuva é para se queimar”, e, cada vez mais, muitas e muitas pessoas vão se “queimar” na “chuva” de redes sociais que existem na Internet.
*Mauricio Miranda.
**Imagem extraída do Google.