Do que você, realmente, precisa? De um carro novo, um computador último tipo, um celular de última geração, um tablete, uma televisão de LCD ou de plasma, um apartamento grande ou casa espaçosa, um emprego decente com um salário razoável? O que você faria para conseguir alguma ou algumas dessas suas necessidades? E como você chegou a necessitar de tanto para viver? Você, realmente, precisa de tudo isso? Você já pensou em não precisar de nada disso?

Criar necessidades por objetos é um dos objetivos da publicidade, dos governos, dos empresários, do capitalismo em geral, mas o que tudo isto possui relação com você? Será que você é uma pessoa com necessidades apenas fisiológicas?

Será que, por outro lado, sua necessidade é por um governo competente, que forneça segurança, saúde, habitação, transporte e trabalho, com dirigentes probos – ou seja, não corruptos – e que pensem, sempre, e em primeiro lugar, no bem público?

Desejar ter um país melhor, com dirigentes eficientes e honestos, que satisfaçam as necessidades básicas da população, parece ser o objetivo de quem pensa em termos mais ideológicos, mas será que se pode ter desejos apenas ideológicos, excluindo os fisiológicos? E quem pensa em termos só ideológicos na nossa sociedade?

Parece-me que um meio termo é o mais razoável: devem-se desejar coisas, objetos que satisfaçam sua necessidade – mas que não sobrepujem sua capacidade de pagamento – e, também, um mundo melhor, com melhor qualidade de vida e de cidadania. E você, o que deseja para você? Quão fisiológico e ideológico você é? E o quanto ser assim o satisfaz?

*Mauricio Miranda

**Imagem Extraída do Google.