Era quinta-feira de manhã, dia 18 de agosto de 2011, e, de repente, um ônibus cruzou a minha frente, na Rua Barata Ribeiro, saindo do BRS, ou seja, da faixa seletiva de ônibus, e avançou o sinal vermelho, voltando, após, para a direita, e parando no ponto. Tudo isto aconteceu na frente de um guarda municipal, que estava anotando alguma coisa, e não sei se viu, pois sua atenção estava voltada para baixo e, não para o que aconteceu na rua.
Várias vias adiante, entrei na Av. General San Martin, que está “sofrendo” a Operação Asfalto Liso, e tive que desviar de alguns “buracos”, provocados pelo “nivelamento” da rua. Na verdade, quando encontro estes buracos, sinto-me como um toureiro enfrentando um touro furioso em uma arena: devo “tourear” para não sofrer ferimentos graves, e. ao me safar de mais uma queda nestes vãos, tenho vontade de gritar um olé!
Estes buracos nas ruas são, simplesmente, tampas de bueiro, dispostas dez ou mais centímetros abaixo do nível do asfaltamento, fato muito comum neste recapeamento asfáltico feito pela prefeitura do Rio de Janeiro.
Por toda a cidade, o que chamam de Operação Asfalto Liso é, na verdade, uma sucessão de valas e lombadas, e, sempre, se deve diminuir muito a velocidade, quando não se consegue deixar de ir em direção a eles. Deve ser uma nova forma de controlar a velocidade dos veículos em circulação: além dos pardais, dos guardas municipais apitadores, dos sinais descoordenados e dos motoristas que andam em ziguezague, temos a “Operação Asfalto Torto”, para impedir que os motoristas circulem em velocidade razoável nas nossas “maravilhosas” ruas com asfalto novo.
O trânsito da nossa cidade do Rio de Janeiro, antes, - sabe-se lá quando e para quem -, maravilhosa, a cada dia que passa se torna mais confuso e desordenado, com bueiros explodindo, ônibus vazios e em alta velocidade, uma quantidade cada vez maior de táxis e motoristas buzinando sem qualquer motivo. Haverá uma solução para todo este caos urbano? Eu penso que não, e que a tendência é piorar cada vez mais, até que não se possa mais andar de carro nesta cidade, só a pé ou de bicicleta. Quem sabe, assim, seremos mais saudáveis e civilizados?
*Mauricio Miranda
*Imagem Extraída do Google