Escrito por: Mauricio 28-05-2011 Visto: 1122 vezes |
Os noticiários, recentemente, divulgaram uma falsa psicóloga que tratava pacientes autistas, na zona sul do Rio de janeiro.
No primeiro momento, o meu sentimento foi de espanto: como uma falsa psicóloga tinha consultório na zona sul do Rio de Janeiro, era renomada como suposta especialista no tema e não sofria fiscalização do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro?
No segundo, o sofrimento das crianças e dos pais, que acreditavam que estavam fazendo tudo pelo tratamento dos filhos.
Quero salientar, que as análises das práticas dos crimes da falsa psicóloga não me surgiram à mente, eis que os sentimentos dos pais me condoíam a alma.
Será que é tão fácil abrir um consultório, intitular-se psicóloga, fazer convênios com entidades governamentais e atender aos pacientes?
Mas, não estamos falando de transtornos psicológicos em adultos, mas crianças autistas?
O conceito de autista trago a lume do site http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?44, no qual afirma:
“Autismo é uma desordem na qual uma criança jovem não pode desenvolver relaçôes sociais normais, se comporta de modo compulsivo e ritualista, e geralmente não desenvolve inteligência normal.
O autismo é uma patologia diferente do retardo mental ou da lesão cerebral, embora algumas crianças com autismo também tenham essas doenças. “
No buscador Google tive a seguinte definição do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro:
“O Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (5ª Região) é uma autarquia de direito público, que tem como objetivo orientar, fiscalizar e disciplinar ... “
Ora, como fiscaliza os profissionais, como procede na busca de falsos profissionais?
Será que o CRP/RJ não oferecerá tratamento para as crianças que foram enganadas? Os pais ficarão desamparados, não terão aconselhamento?
Será que o CRP/RJ é parte legitima para ser demandada pelos pais das crianças tratadas pela falsa psicóloga com vistas à reparação indenizatória?
A questão social supera e, muito, as vertentes jurídicas. O sofrimento dos pais e pacientes não podem ficar ao desamparo no âmbito dos entes federativos.
Por derradeiro, assisti, há muito tempo, ao filme Rain Man, com Dustin Hoffman e Tom Cruise lembram?
O drama me fez verter lágrimas com atuação do autor Dustin Hoffman como autista.
Pois bem, a realidade me posicionou que não podemos ficar resignados com a situação ocorrida no Rio de Janeiro.
Portanto, minha solidariedade aos pais e filhos autistas e acrescentar que devemos fazer coro: a inclusão social e respeito às diferenças!
Elisabete Bastos |
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