TRF1:Falta de divulgação de decisão judicial na internet não justifica perda de prazo para apelação.
  
Escrito por: Mauricio 21-05-2012 Visto: 731 vezes

Notícia extraída do site do Tribunal  Regional Federal da 1ª Região:












“Falta de divulgação de decisão judicial na internet não justifica perda de prazo para apelação
Publicado em 21 de Maio de 2012, às 10:10
 

A 5.ª Turma do TRF da 1.ª Região negou recurso apresentado por um morador de Imperatriz/MA com o objetivo de validar uma apelação apresentada fora do prazo, no processo que move contra a Caixa Econômica Federal (CEF).

Na decisão do primeiro grau de jurisdição, a Justiça Federal do Maranhão negou-se a aceitar a apelação, postergada, segundo o apelante, devido a falha no sistema de informaçôes processuais mantido na internet.

O cidadão apelou, então, ao TRF, argumentando que a publicação da sentença, feita no dia 17 de junho de 2008, não foi veiculada no site da Justiça Federal. Por isso, o advogado só tomou conhecimento da decisão no dia 7 de julho e apresentou o recurso no dia 21 do mesmo mês.

A relatora do processo, contudo, rebateu o argumento. Na decisão, a desembargadora federal Selene Maria de Almeida, afastou a necessidade de publicação das decisôes pela internet. “As informaçôes prestadas, via internet, têm natureza meramente informativa, não possuindo, portanto, caráter oficial”, afirmou.  A magistrada embasou-se no artigo 236 do Código de Processo Civil (CPC): “consideram-se feitas as intimaçôes pela só publicação dos atos no órgão oficial”, dita a norma.

O artigo 183 do CPC, também citado pela relatora, extingue o direito de apelação após o prazo de 15 dias, estipulado pelo artigo 508 do código.

Diante disso, a magistrada negou o recurso – conforme entendimento consolidado do TRF, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF) –, mantendo a decisão de primeira instância. O voto foi acompanhado, por unanimidade, pela 5.ª Turma do Tribunal.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 2008.01.00.061095-5/MA

Assessoria de Comunicação Social

Tribunal Regional Federal da 1.ª Região”

*Mauricio Miranda.

**Imagem extraída do Google.

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