Que tipo de Polícia desejamos?
  
Escrito por: Mauricio 10-05-2011 Visto: 1740 vezes

O modelo atual de gestão, ainda, está atrelado a uma polícia com resquícios do “braço armado” do Estado. Todavia, em virtude da redemocratização do país, cada vez mais, a polícia está voltada para as garantias do cidadão.  Aquela protetora dos direitos universais humanos, uma polícia que não discrimina e que é não arbitrária! Este modelo salutar de tratar o cidadão sem preconceitos, bem como, voltada  à comunidade com vistas a resolver os problemas e não “apenas” de estar enfrentando criminosos. Uma polícia presente e  mais participativa nos bairros.

De outro lado, o operador deve discutir sobre a melhor gestão, eis que é dever de todos, quanto mais àquele que trabalha e vivencia os problemas de segurança pública.

O artigo 144 da CF/1988 reza as funçôes das policiais, portanto, há questôes inimagináveis, exemplo, a unificação das policiais, desconstitucionalização das polícias etc. Uma participação dos Municípios nas questôes de segurança pública.

De outro lado, há os direitos e garantias individuais insertos na CF/1988, artigo 5° e seus incisos, que são taxativos.

É cediço que  a  casa é o asilo inviolável, exceto algumas exceçôes prevista na Carta Magna; a prisão tem que respeitar uma série de corolários, no entanto, o pernicioso é que tais direitos são negados para os pobres e marginalizados. O Estado Assistencialista transformou-se em Estado Penalista, estamos diante de mais “ Ordem e Leis” e quem são os destinatários? Os pobres, analfabetos, negros, como bem analisado pelo autor Loïq Wacquant.

Uma melhor gestão significa:  planejamento e monitoramento das estratégias estabelecidas, bem como, pesquisar onde a experiência com segurança pública está dando certo ou foi um fracasso.

Não se esquecer de que o operador é um educador visível e  aliar as experiências com o cidadão. Também, expressar-se em parcerias com ONGs, Universidades, Associaçôes, aprimorar os Conselhos Comunitários de Segurança Pública  para espraiar os laços de forma mais profunda com a sociedade.

Enfim, uma polícia cidadã e protetora dos direitos humanos, vez que o policial nada mais é do que um cidadão, que deseja um país construído com menos desigualdade social.

 

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