Rio -  Nove dos dez bombeiros que estavam presos por participar do movimento grevista foram liberados neste domingo e deixaram o Grupamento Especial Prisional (GEP) do Corpo dos Bombeiros, em São Cristóvão. Na noite deste sábado, os sargentos Heraldo Correa Vieira, 32 anos, e André Manoel Pontes de Matos, 29, do 3° G-Mar (Copacabana), já haviam sido libertados.

Neste momento, apenas o cabo Benevenuto Daciolo, um dos líderes do movimento, permanece preso. Seu alvará de soltura apresentava um erro de numeração e o bombeiro não pode ser liberado. O advogado Raul Lins e Silva voltou ao Plantão Judiciário para tentar conseguir um novo documento.

"Hoje é um dia histórico e importante porque desde a prisão toda a família dos militares está sangrando. Acho desleal que um bombeiro que presta serviços há 14 anos seja expulso por crimes que não cometeu", disse Cristiane Daciolo, esposa do cabo Benevenuto Daciolo, apontado como um dos líderes do movimento grevista.

Segundo a advogada Andréa Vieira, mulher do sargento Heraldo, ele passou mal durante o período em que ficou preso no complexo penitenciário.

"Meu marido sofreu de claustrofobia na cela em Bangu 1, onde só ficam bandidos de alta periculosidade. Ele tentou se cortar com a lâmina do aparelho de barbear, mas desmaiou. Eles passaram por um grande sufoco. O que aconteceu foi muito triste para todos nós", lamentou Andréa, que não contou a filha de 5 anos o que aconteceu com o pai.

"O juiz entendeu que não havia mais necessidade de prisão preventiva porque a ordem pública e a paz social já estavam restabelecidas", disse o adovgado Lins e Silva.

A paralisação da categoria havia sido aprovada em assembleia na Cinelândia, no centro, no último dia 9, por 2 mil pessoas entre os 70 mil bombeiros e policiais militares do estado. A paralisação foi suspensa no dia 13."

*Mauricio Miranda.

**Imagem extraída do Google.