Os ônibus, em nossa cidade do Rio de Janeiro, causam acidentes, ao andar em alta velocidade, dirigidos por motoristas mal pagos, descuidados, imprudentes e que desconhecem as regras de trânsito. Quem já não viu ônibus disputando corrida em qualquer rua desta cidade? Por que será que estes motoristas têm tanta pressa?
Tentando resolver, em parte, este problema, foi criada, recentemente, uma lei para limitar a velocidade dos ônibus em 50 km por hora, em vias não expressas da cidade do Rio de Janeiro. Nas demais, ou seja, na Linha Vermelha, Linha Amarela, Aterro do Flamengo e demais vias expressas, os ônibus podem circular em velocidade superior a 50 km por hora, mas não devem ultrapassar a velocidade permitida por lei para ônibus, que é de 60 km por hora.
Você acredita nesta lei? Você já viu algum motorista de ônibus respeitando qualquer lei de trânsito?
Em Copacabana, este ano, foram criados corredores expressos para ônibus, chamados pela prefeitura do Rio de Janeiro de Bus Rapid Service (BRS),talvez como uma forma de tornar este corredor viário inteligível por estrangeiros, já que a Avenida Nossa Senhora de Copacabana e a Rua Barata Ribeiro já fazem parte do imaginário de pessoas de todo o mundo. Não importa que a maioria dos habitantes de Copacabana fale português com sotaque brasileiro e, não, inglês. Não há por que escrever na nossa língua se é mais chique um nome em inglês.
O que se pode falar de bom destes corredores viários é que impediram os ônibus de invadir as outras faixas para “imprensar” os outros veículos. Em toda a cidade do Rio de Janeiro, como não há estes corredores de trânsito, ônibus ocupam todas as faixas de circulação viária, e seus motoristas não percebem que, por lei, devem dirigir, apenas, pela faixa da direita.
Voltando à limitação da velocidade máxima dos ônibus, entre 50 e 60 km por hora, não acredito que esta lei vá “pegar”, como se fala. No Aterro do Flamengo, na Linha Vermelha e na Linha Amarela, uma grande quantidade de motoristas, e não só de ônibus, dirigem na velocidade que querem, pois não há respeito algum por leis de trânsito por parte de muitos motoristas no Rio de Janeiro.
Fugindo mais um pouco do tema, quero falar da moda atual no trânsito: o aparelho de GPS com detector de radar, que equipa, praticamente, todos os táxis e a grande maioria dos veículos de passeio. Este aparelho foi criado para facilitar a orientação dos motoristas no trânsito, mas é adorado pelos que gostam de andar em alta velocidade, só diminuindo quando uma voz da máquina ordena que assim ele proceda. Este aparelho com detector de pardal foi declarado legal pelo DENATRAN, mas é um absurdo em qualquer outro sentido que se pense, seja ético, moral ou, simplesmente, de respeito às leis de trânsito, no tocante ao limite de velocidade em que os veículos deveriam andar.
Para terminar, quero deixar, aqui, um agradecimento a Lucas Bastos, Assessor Especial Temático do Fintesp, pela ideia do tema que dá nome a este texto. Espero que o artigo seja do seu agrado e, também, claro, do público leitor em geral.
*Mauricio Miranda
**Imagem extraída do Google.