Pena de Morte Não é Pena
  
Escrito por: Mauricio 16-10-2011 Visto: 813 vezes

Há pessoas que afirmam defender a vida e, ao mesmo tempo, pedem pena de morte para criminosos. Afinal, existem vidas mais importantes que a dos outros? A vida dos criminosos, sejam lá quais forem os crimes que cometeram, é menos importante do que a dos cidadãos ditos de bem?

Quem determina qual vida é mais importante para a sociedade? Poucos países democráticos tem a pena de morte entre suas penas elencadas em códigos penais, dentre eles, os Estados Unidos da América, onde vários estados permitem matar pessoas que cometeram determinados crimes.

Mas será que o Estado deveria ter, de verdade, direito de matar quem quer que seja? Não será a pena de morte para criminosos apenas uma forma de livrar-se do problema? A morte de um criminoso impediria outros crimes, praticados por outros criminosos? A resposta, certamente, será: não!

A morte de um criminoso só tem uma única consequência: aquele criminoso, especificamente, não cometerá mais crimes, após a pena de morte ser cumprida, pois mortos não cometem mais crimes! Não há qualquer outro resultado da pena de morte, ela não possui um significado a posteriori,ela é só uma forma de o Estado “livrar-se” daquela pessoa em definitivo.

Será razoável dar o poder legal de matar ao Estado, a qualquer Estado? Eu penso que não. Se eu não defendo que pessoas tenham o direito de matar, muito menos o Estado. O Estado brasileiro, em particular, já detém poderes demais, determina direitos e deveres em quantidade absurda, regula demais a vida dos cidadãos. Eu não confio em um Estado, seja ele qual for, para dar a ele direito de vida ou morte sobre seus cidadãos, ainda que criminosos da pior espécie.

Eu defendo a vida, e você?

 

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