A cassação do Senador Demóstenes é apenas o começo...
O significado do nome Demóstenes, segundo o site http://www.significado.origem.nom.br/nomes/demostenes.htm, é de origem grega, e significa: tem a força do povo.
Há uma correlação entre a significado etimológico do prenome do senador com o seu mandato, ou seja, proveio do povo, o povo é o legítimo mandatário. No entanto, os cidadãos de Goiás foram ludibriados, ao votar em um homem que parecia íntegro Procurador de Justiça.
Investigaçôes da Polícia Federal, que foram noticiadas fartamente na mídia, colocam-no como partícipe de uma quadrilha, no qual o "capo" é o contraventor de apelido Cachoeira.
O risco democrático é elevado, eis que a quadrilha está embrenhada entre parlamentares, Governadores, além de empresas que ganhavam licitaçôes por meio de recursos fraudulentos.
Não se pode esquecer da empresa Delta, que mantém - ou manteve - laços comerciais com vários Estados e instituiçôes públicas, os quais gastaram fortunas em obras cujas concorrências foram vencidas por esta construtora, que, sempre, oferecia o menor preço e, por isso, vencia as licitaçôes.
Questiono, em relação, ainda, à Delta, o segunte: tais obras teriam sido necessárias? Será que foram superfaturadas? Quem se apropriou das verbas públicas? Será que não existem obras, mas, apenas, pagamentos recebidos pela Delta? E, por fim, como será ressarcido o erário público?
Será que tais indagaçôes já estão sendo analisadas pela CPMI e pelo Procurador Geral da República?
O povo brasileiro merece satisfaçôes urgentes, bem como ressarcimento do erário, imediatamente, caso hajam desvios. A primeira medida seria a indisponibilidade dos bens dos empresários e de todos os parlamentares e Governadores envolvidos.
No Rio de Janeiro, urge uma auditoria em relação às obras, noticiadas na mídia, principalmente para os jogos internacionais, na quais existem recursos da União! O TCU não deveria está aqui verificando as obras, feitas "a toque de caixa"?
Deve-se lembrar, também, que ocorrerão, no presente ano, eleiçôes para a Prefeitura do Rio de Janeiro e, daqui a dois anos, ao Governo do Estado e não podemos deixar que fortunas sejam gastas, em anos eleitorais, sem explicaçôes plausíveis! O povo não aguenta mais o marketing político: queremos saúde, segurança, habitação, saneamento, não o blá-blá-blá que nada traz de prático e útil para a população!
A ética é una, não é variável, - ou, pelo menos, não deveria ser. Aonde está a ética em um comportamento de um agente político que aceita carona em jatos e viagens a outros países e, para "livrar sua cara", precisa usar desculpas "esfarrapadas"...
Na minha mente, está guardada uma imagem emblemática trazida pela mídia: um grupo de agentes políticos do Rio de Janeiro, com guardanapos presos à cabeça, dançando e zombando da ingenuidade do povo do Rio de Janeiro, que os elegeu e que por eles são, infelizmente, governados.
Urge que haja uma investigação séria, para dirimir dúvidas em relação à lisura destas autoridades em suas prestaçôes de contas.
Agora, - e daqui a dois anos, - é a hora de os eleitores, imbuídos de sentimento cívico, fazerem uma faxina completa e expurgarem da vida pública - pelo menos, até a próxima eleição - os que se aproveitaram da sua boa fé!