TST:Bancária receberá promoçôes previstas em PCS e não concedidas pelo Bradesco.
  
Escrito por: Mauricio Miranda 13-10-2014 Visto: 781 vezes



Notícia extraída do site do Tribunal Superior do Trabalho:



“Bancária receberá promoçôes previstas em PCS e não concedidas pelo Bradesco





(Segunda, 13 Outubro 2014 11h20min)



A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou o Banco Bradesco S/A a pagar a uma bancária diferenças salariais decorrentes das promoçôes previstas no plano de cargos e salários (PCS) de 1990, mas nunca concedidas. A Turma entendeu aplicável ao caso a prescrição parcial, pois, embora a bancária tenha ajuizado a ação em 2010, a lesão pelo descumprimento do PCS renova-se periódica e sucessivamente, a cada pagamento indevido do salário.



Admitida em 1982 pelo extinto Banco do Estado da Bahia (Baneb) como auxiliar bancário, ela foi demitida em 2009 pelo sucessor Bradesco quando exercia a função de atendente de agência. Já aposentada, ajuizou ação para receber as diferenças, alegando que o PCS previa o direito a promoçôes horizontais.



Segundo ela, o banco não observou as regras para promoção por merecimento e antiguidade e não fez avaliaçôes anuais de desempenho, impedindo sua promoção. Por isso pediu as diferenças relativas aos avanços salariais anuais desde 1990.



O juízo de primeiro grau aplicou a prescrição parcial e condenou a empresa a pagar as diferenças salariais decorrentes das promoçôes anuais, a contar do inicio do período imprescrito, com os demais reflexos.



Ao julgar recurso do banco, o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA) acolheu seus argumentos de que a prescrição era total, e excluiu da condenação as progressôes. Foi a vez então da bancária recorrer ao TST, buscando o restabelecimento da prescrição parcial.



O ministro Vieira de Mello Filho, relator do recurso, explicou que a pretensão da bancária não decorre de ato único do empregador - alteração do contrato de trabalho -, "e sim, como dito, de descumprimento contínuo e prolongado no tempo de regra empresarial em vigor". Assim, considerou aplicável a prescrição parcial, pois o prejuízo decorrente do descumprimento do PCS "se renova a cada pagamento inexato do salário". A matéria, ressaltou, foi pacifica com a edição da Orientação Jurisprudencial 404 da Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1). A decisão foi unânime.



(Lourdes Côrtes e Carmem Feijó)



Processo: RR-46-84.2010.5.05.0612



O TST possui oito Turmas julgadoras, cada uma composta por três ministros, com a atribuição de analisar recursos de revista, agravos, agravos de instrumento, agravos regimentais e recursos ordinários em ação cautelar. Das decisôes das Turmas, a parte ainda pode, em alguns casos, recorrer à Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SBDI-1).



 Esta matéria tem caráter informativo, sem cunho oficial.

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*Mauricio Miranda.



 



 




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