Caso Cachoeira: Juiz Federal ameaçado.
  
Escrito por: Mauricio 22-06-2012 Visto: 761 vezes

Notícia extraída do site do Tribunal Regional Federal da 3ª Região:

Juiz Federal Ameaçado
22/6/2012 - GERAL

Felipe Recondo, de O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - O juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, que comandava a Operação Monte Carlo, relata ser alvo de ameaças de morte, revela que homicídios podem ter sido cometidos por integrantes do esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira e pede para ser tirado do caso.


Em ofício encaminhado no último dia 13 ao corregedor Geral do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Carlos Olavo, o juiz federal afirma não ter mais condiçôes de permanecer no caso por estar em "situação de extrema
exposição junto à criminalidade do estado de Goiás". E para evitar
represálias, revela que deixará o país temporariamente.

No documento, a que o Estado teve acesso, o juiz relata que segue esquema rígido de segurança por recomendação da Polícia Federal, mas revela que sua família foi recentemente abordada por policiais e diz que foi alertado
da possibilidade de sofrer represálias nos próximos meses.

"Minha família, em sua própria residência, foi procurada por policiais que gostariam de conversar a respeito do processo atinente a Operação Monte
Carlo, em nítida ameaça velada, visto que mostraram que sabem quem são meus familiares e onde moram", diz no documento.

Lima indica que investigados pela Operação Monte Carlos podem estar
relacionados a assassinatos cometidos recentemente, o que configuraria queima de arquivo.

"Pelo que se tem informação, até o presente momento, há crimes de homicídio provavelmente praticados a mando por réus do processo pertinente à Operação Monte Carlo, o que reforça a periculosidade da
quadrilha", relata.

Nas cinco páginas em que explica o pedido para deixar o caso, Lima elenca os recentes processos polêmicos que comandou. À frente da Operação Monte Carlo, 79 réus foram denunciados, sendo 35 policiais federais, civis e
militares. E por ter determinado o afastamento dos policiais de suas
funçôes, afirma que não pôde ser removido para varas no interior do Estado "por não haver condiçôes adequadas de segurança".

Em setembro, Lima afirma que tirará os três meses de férias que teria acumulado e sairá do país por "questôes de segurança". Mas mesmo assim afirma que ficará marcado por sua atuação neste caso.

"Infelizmente, Excelência, Goiânia/GO é uma cidade pequena, onde todos se conhecem, e
terei que conviver com as consequências da Operação Monte Carlo e dessas outras operaçôes por muito tempo, principalmente porque nasci e fui criado
nesta cidade", afirma o juiz.

Suspeição. O juiz federal titular da 11ª Vara em Goiás, Leão Aparecido Alves, deve herdar o comando do processo. Mas suas relaçôes pessoais podem
colocá-lo sob suspeita.

Alves admitiu, recentemente, ser amigo há 19 anos de um dos investigados - José Olímpio de Queiroga Neto, suspeitado de ser o responsável pela escolha de pessoas que poderiam integrar as atividades do grupo e de repassar porcentagem dos lucros das casas de jogos a Carlinhos Cachoeira.”
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*Mauricio Miranda.

**Imagem extraída do Google.

 

 

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