TRT10:Justiça do Trabalho é competente para julgar açôes que envolvam previdência complementar.
  
Escrito por: Mauricio 22-04-2012 Visto: 793 vezes

Notícia extraída do site do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região:

“Justiça do Trabalho é competente para julgar açôes que envolvam previdência complementar


A 2ª Turma do TRT-10ª Região declarou a competência da Justiça do Trabalho para julgar ação envolvendo a adesão de trabalhadora a plano de previdência complementar privada patrocinada pelo ex-empregador, mas administrado por entidade não vinculada estatuariamente à empresa. No caso, a trabalhadora migrou do plano de previdência administrado pela Fundação Sistel de Seguridade Social para a Fundação Atlântico de Seguridade Social.

Para o juiz que julgou a ação na Vara do Trabalho, a Justiça do Trabalho não seria competente para apreciar a causa porque a Emenda Constitucional n° 20, em seu parágrafo 2°, estabelece que “As contribuiçôes do empregador, os benefícios e as condiçôes contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei”.

Para o relator do processo no Tribunal, desembargador Alexandre Nery de Oliveira, a mera migração de plano de previdência, mesmo após a vigência da EC 20/98, em nada altera a competência da Justiça do Trabalho, pois o novo plano continuou patrocinado pela empresa. Desta forma, por ser decorrente da relação de emprego, deve ser aplicado o artigo 114, inciso I, da Constituição Federal, segundo o qual “Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as açôes oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.

O magistrado afirma em seu voto que o parágrafo 2° do artigo 202 da CF não disciplina a competência de órgãos jurisdicionais, apenas indica os efeitos dos benefícios previdenciários complementares sobre o contrato de trabalho e não aspectos processuais pertinentes à competência da Justiça do Trabalho, regulada pelo artigo 114 da CF.

Processo: 0001609-16.2011.5.10.0006 RO

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Ramal:1343 / imprensa@trt10.jus.br”

 

 

*Mauricio Miranda.

**Imagem extraída do Google.

 

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